Quando Miley Cyrus lançou seu novo clipe, da música Can't Be Tamed na semana passada, as discussões sobre seu vestuário fetichista, sua dança provocante e o sugestivo cenário escolhido - uma gaiola - espalharam-se feito fogo. Alguns fãs avaliaram o novo visual como positivo, mas grande parte ficou chocada ao ver a estrela teen - que interpreta a inocente Hannah Montana - como uma versão picante de Lady Gaga. "Não sei como explicar aos meus filhos por que Hannah Montana não veste calcinhas em seu vídeo mais recente", postou alguém no blog MomLogic.com.
Há, sem dúvida, uma discussão sobre se é apropriado a uma garota de 17 anos usar o sexo para vender CDs. Contudo, é cedo para afirmar que a imagem de Miley sofreu danos permanentes. A surpresa pode ser a razão de a Walt Disney ajudar para que isso ocorresse. A gravadora da cantora, Hollywood Records, é propriedade da Disney. E, embora Miley tenha pago do próprio bolso a maior parte dos custos com o clipe, a gravadora no mínimo endossou sua criação e o distribuiu.
Não é incomum que divisões de grandes conglomerados de mídia trabalhem uma contra a outra - exceto a Disney, que advoga sua enérgica sinergia para os investidores. Assim, dada a forma restrita da franquia Disney, como uma divisão pode participar na criação e distribuição de um produto que pode colocar em perigo uma das marcas mais valiosas da empresa? A Disney não foi além de um comunicado: "Miley, aos 17 anos, faz suas próprias escolhas criativas, que refletem seu estilo e sua maneira de ver o mundo. Miley tinha 12 anos quando começou a trabalhar como Hannah Montana, que continua a ser amada por milhões de fãs do Disney Channel".
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(acesso em: 10.05.2010)